terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O Vilão da Vez


"O mundo automobilistico virou de pernas para o ar depois de dois abalos sérios:a disparada do preço do petróleo que chegou a U$$145 em Julho de 2008;e a grave crise financeira mundial em cascata iniciada pela falência do banco "Lehman Brothers", em Setembro do mesmo ano. Fabricantes que já enfrentavam dificuldades, tiveram que pedir concordata e mesmo os mais rentáveis sofreram prejuízos bilionários . Sem contar o mergulho em queda livre das vendas - com reflexos ainda um ano depois - e desorganização do sistema produtivo. Se já se discutia como a industria poderia atender tantos desafios simultâneos, o estrangulamento financeiro tornou tudo mais difícil.
Na realidade existiam duas vertentes sobre as mudanças necessárias na matriz energética automibilistica.
A União Europeia levantou a bandeira do controle das emissões de dióxido de carbono(CO2), um dos gases que agravam o efeito estufa, seguida pelo Japão. Mas os EUA resistiram até o início deste ano, quando a posse do novo presidente, Barak Obama, praticamente alinhou o país ao pensamento que prevalece no mundo.
Podesse questionar a ênfase ou a velocidade com que o se deve combater o aquecimento da Terra. Ainda há dúvidas se apenas as atividades humanas e os combustíveis fósseis, que liberam carbono para a atmosfera, são os únicos responsáveis pela mudança climática - que já ocorreu em outras eras. Os transportes por terra, ar e mar respondem por cerca de 15%, talvez 20% dependendo de como se calcula, das emissões de CO2 no planeta. Geração de energia e agropecuária têm peso maior, entre outros fatores geradores desse tipo de gás.
No entanto, o apelo da sustentabilidade, a necessidade de economizar as fontes não renováveis ou reservá-las para fins mais nobres falam mais alto. O CO2 é atóxico e sem a letalidade do (CO). Só no sentido leigo da palavra é considerado poluente. Sem ele as plantas deixariam de existir e inviabilizaria a vida no planeta. Para controlar sua emissão nos escapamentos de veículos não existe um catalisador ou pós-tratamento. Único meio é diminuir o consumo de combustíveis fósseis (gasolina, diesel são os mais importantes) ou utilizar biocombustíveis, capazes de absorver o CO2 e devolver oxigénio à atmosfera no processo de fotossíntesse da plantas, árvores, vegetais e algas marinhas( que são os grandes agentes de purificação do ar).
Diminuir o consumo e manter os custos do veículo sob controle, de tal forma que os compradores possam suportar, é o maior desafio que a centenária indústria de automóveis já experimentou. Depende de tempo para pesquisas e de pesados investimentos em um momento de fontes financeiras escassas."
Texto de "Fernado Calmon", neste texto vemos bem como todos estão tratando o planeta, só damos importância a natureza quando nos dói no bolso, o caso da industria automobilistica não foge dessa regra, como perceberam que os veículos movidos a combustíveis fosseis( entenda isso como derivados do petróleo) ficarão inviáveis graças a um eminente fim das reservas de petróleo, os fabricantes apelaram para o conceito de sustentabilidade, então logo estaremos avistando os carros híbridos ou elétricos em todas as partes (já existem muitos modelos mas pouca demanda), mas se engana quem pensa que são bonzinhos os fabricantes, graças a cálculos das reservas de petróleo os fabricantes caíram na real, então começamos a ver um movimento mais consistente a procura de uma ou várias fontes de energia, agora é preciso ter um grande estudo para que não caímos no mesmo erro de escolher a pior matriz energética, e ai que esta o ponto, que iremos mudar de tipo de combustível isso é mais que claro, prova disso é aonde chegamos para extrair petróleo, o pré-sal é um local de difícil acesso e caríssimo sistema de extração e transporte do produto, mas com a extinsão das reservas terrestres e próximas as costas litorâneas, tornasse-a viável.
Para termos uma ideia do tempo para a mudança temos algumas estimativas de duração das reservas de algumas das principais fontes de energia.

Carvão (em toneladas)
Consumo mundial por segundo 203
Data estimada da exaustão 19 de Maio 2140
Total de Reservas mundiais em 01/01/2009 841.086.192.000

Urânio (em toneladas)
Consumo mundial por segundo 0,0000042222017
Data estimada da exaustão 28 de Novembro 2144
Total de Reservas mundiais em 01/01/2009 18.096

Gás Natural (em metros cúbicos)
Consumo mundial por segundo 92.653
Data estimada da exaustão 12 de Setembro 2068
Total de Reservas mundiais em 01/01/2009 174.436.171.550.404

Petróleo (em barris)

Consumo mundial por segundo 986
Data estimada da exaustão 22 de Outubro de2047
Total de Reservas mundiais em 01/01/2009 1.206.780.968.626

E assim dá pra se ter uma ideia, um pouco mais tangível da situação. O planeta vai aguentar a nossa sede de consumo, isso eu não sei até quando, um abraço a todos e um futuro mais limpo a todos
Acessos: